Esta newsletter foi criada para quem busca estar à frente em um mundo em constante evolução. Aqui, você encontrará insights valiosos sobre liderança, gestão moderna, pensamento sistêmico e desenvolvimento de produtos digitais, além de reflexões sobre o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Seja você uma liderança, profissional de tecnologia, empreendedora ou entusiasta do aprendizado contínuo, este espaço oferece conteúdos práticos, inspiradores e alinhados às demandas do século XXI. Junte-se a uma comunidade de pessoas que, assim como você, estão sempre em busca de crescimento e transformação. 🚀
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Em quase todas as mentorias que tenho conduzido, há um momento que se repete: a pessoa, normalmente excelente no que faz, diz algo como: "eu entrego tanto, mas sinto que nada disso parece corresponder ao que minha chefe espera". Isso não acontece por falta de competência, de impacto ou de repertório técnico. Acontece porque comunicar para cima é outro jogo, um jogo que ninguém nos ensina, mas que define quem avança, quem ganha espaço e quem permanece invisível. E aqui vai uma verdade incômoda: as lideranças mais seniores só sabem o que você conta a elas. E se a sua narrativa não reflete seu impacto, você não é percebida como alguém capaz de mover a agulha. É simples, é injusto e é extremamente comum. O dilema de quem está nas camadas intermediáriasPessoas em cargos de gestão média, de coordenação ou de liderança técnica vivem numa zona de tensão permanente. Estão perto o suficiente da operação para sentir o ritmo do dia a dia e próximas o bastante das camadas estratégicas para sentir o peso das decisões. São, ao mesmo tempo, tradutoras da estratégia, amortecedoras da ansiedade, filtros de ruído, estabilizadoras de conflitos e, muitas vezes, as únicas capazes de transformar ideias vagas em algo que realmente pode ser executado. O problema é que, nesse lugar, essas pessoas se tornam especialistas em comunicar para baixo e para os lados, mas quase nunca aprendem a comunicar para cima. E comunicar para cima, na minha experiência, exige outro tipo de código. Um código que não aparece em cursos, não está nas descrições de cargo e raramente é dito em voz alta. Por que é tão difícil "gerir para cima"?Porque exige equilibrar forças contraditórias:
O erro mais comum: falar de tarefas, não de objetivosQuase toda comunicação ineficiente nasce de um padrão simples: a pessoa fala do que está fazendo, não do que está resolvendo. Um exemplo clássico: "Estamos refatorando o fluxo de autorização, ajustando as APIs e revisando a arquitetura para melhorar a resiliência". Isso não diz nada para quem precisa decidir sobre prioridades, riscos ou alocação de recursos. É detalhado demais no quê, vazio no porquê. Agora veja a mesma situação, mas com outro raciocínio: "Hoje, 40% dos nossos incidentes críticos vêm da etapa de autorização. Isso coloca em risco nossa capacidade de lançar produtos globalmente com previsibilidade.
Nosso objetivo é reduzir risco operacional e habilitar a expansão internacional sem retrabalho.
Para isso, precisamos reorganizar o fluxo de autorização e eliminar acoplamentos históricos.
O sucesso será percebido por três sinais: menos incidentes, mais velocidade e menos dependências entre países".
É a mesma ação técnica, contada de um jeito que ativa o modo decisório: risco, impacto, futuro e critérios de sucesso. Um framework simples para redirecionar o discursoCostumo ensinar algo que cabe em um post-it: problema → objetivo → racional → ação → sucesso. Essa estrutura leva o cérebro do interlocutor a entrar imediatamente no modo decisório pois o racional a partir de elementos como:
Quando você começa por um discurso excessivamente orientado às tarefas, se apresenta como executora. Quando começa pelo objetivo, você se apresenta como alguém que organiza suas ideias com base no impacto e no resultado. O que muda quando alguém domina esse tipo de comunicação?Três coisas acontecem muito rápido:
Um convite finalSe você sente que sua contribuição não é percebida ou que sua comunicação "não chega limpa", talvez o problema não seja o conteúdo e sim a forma. Não é sobre falar mais, é sobre falar no nível certo. Tente isso na sua próxima interação. Antes de explicar o que você fez, pergunte a si:
Se essas três respostas estiverem claras, o resto se encaixa. E quando a narrativa acompanha a senioridade, o jogo muda. A sua presença muda. O espaço que você ocupa muda. E o trabalho que você já faz , silenciosamente, há tanto tempo, finalmente começa a ser visto. Antes de você partir leia este recadoÉ tempo de Black Friday, e a Software Zen, fiel ao propósito de expandir nosso ser e alargar nossa percepção sobre trabalho, propósito e autonomia, está com um desconto para lá de especial. Eu, sinceramente, não perderia a oportunidade de assinar conteúdos que ajudam a pensar a gestão de forma integrada, humana e profunda. E já que dezembro está chegando, vale lembrar: estamos também nos aproximando do fim deste ciclo de newsletters aqui neste canal. Na próxima edição, a convite do Lucas, vou escrever sobre como as filosofias africanas e os saberes dos povos originários podem nos ajudar a repensar a forma como percebemos e habitamos a nossa realidade. Caso exista algum tema que você gostaria que eu abordasse antes desse encerramento, basta responder a este e-mail. Leio tudo com cuidado e sigo grato por compartilhar esse caminho contigo. |
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