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Há alguns dias, revisitei o Manifesto Ágil que completou 24 anos e me peguei refletindo sobre um ponto que, embora simples, segue sendo negligenciado por muitas organizações: colaboração com o cliente acima de negociação de contratos. Essa frase, somada ao princípio que coloca a satisfação de quem é cliente como prioridade máxima, continua sendo uma das mais poderosas do texto. Mas o que, de fato, significa satisfazer o cliente em tempos de agilidade de negócios? De "entregar software" para "gerar sucesso"Quando o termo Customer Success (CS) começou a se popularizar, por volta de 2016, impulsionado pelas empresas de SaaS (software as service), ele trouxe uma virada importante: o sucesso de uma empresa está diretamente ligado ao sucesso de quem a escolhe. Uma boa operação de CS vai além do suporte técnico ou da venda adicional. Ela se estrutura em três pilares:
O livro Customer Success, do Nick Mehta, do Dan Steinman e do Lincoln Murphy, marcou essa mudança ao reforçar que a entrega de valor não termina quando o contrato é assinado, ela começa ali. Negócios sustentáveis são os que criam relações duradouras, previsíveis e de aprendizado mútuo. Quando o NPS não bastaMuitas empresas ainda se apoiam em métricas como o Net Promoter Score (NPS) para avaliar satisfação. Mas, convenhamos: o NPS mede intenção de recomendação, não sucesso. Ele mostra o quanto as pessoas gostam da experiência, não o quanto a solução resolveu o problema real. Para entender o quanto um produto ou serviço é realmente "fit" para o propósito de quem o usa, é preciso ir além da simpatia e medir aderência. Fit for Purpose: o quanto sua solução realmente serve?Em 2017, Alexei Zheglov e David Anderson apresentaram o conceito de Fit for Purpose (F4P), uma ferramenta que ajuda empresas a entender se estão entregando o que realmente importa. O framework propõe três tipos de métricas:
O método propõe ainda um cartão F4P, no qual o cliente explica por que escolheu o serviço, o quanto cada motivo foi atendido e por quê. É uma forma elegante de trazer a voz do cliente para o centro, não só como dado, mas como direção estratégica. Um caso prático: o Customer Success ScoreQuando eu atuava na Plataformatec, em 2017, tivemos um desafio: como medir se as empresas clientes estavam percebendo valor real na consultoria? A resposta foi o Customer Success Score (CSS), uma métrica simples, mas poderosa. O processo era direto: trimestralmente, enviávamos uma pesquisa com três perguntas:
O CSS era calculado como: (satisfeitos – insatisfeitos) ÷ total de respondentes O número em si era importante, mas o que vinha depois era ainda mais valioso. Os resultados geravam encontros interdisciplinares entre consultoria, marketing, vendas e financeiro. Juntos, discutíamos as expectativas relatadas e desenhávamos planos de ação concretos: melhorar a comunicação com clientes, criar novas ofertas, tangibilizar resultados e ajustar o tom de cada interação. Mais do que uma métrica, o CSS virou um sensor de aprendizado e orientou a cultura interna. Inclusive, ele compunha a base do programa de remuneração variável da empresa: quanto maior o CSS, maior a participação de todos. Essa foi uma das formas mais genuínas que encontrei de conectar propósito, desempenho e impacto. O que isso ensina sobre agilidade?Tratar de agilidade nos negócios sem olhar para quem é cliente é perder o norte. Agilidade não é sobre velocidade, mas sobre capacidade de adaptação ao valor real percebido. Quando uma organização deixa de sentir o que acontece do lado de fora, começa a desperdiçar energia, tempo e talento em coisas que não importam. Mas quando escuta ativamente, mede com propósito e ajusta com consciência, o sistema se torna vivo e a agilidade deixa de ser um processo para virar uma postura. Para fecharNegócios verdadeiramente ágeis são aqueles que desenvolvem sensibilidade para o que acontece no ambiente. Eles entendem que o cliente não é um receptor de entregas, mas o espelho do sistema. É nele que a organização se enxerga e se transforma. E talvez a pergunta mais importante que reste seja: como a sua organização sente quem é cliente? |
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